sábado, 24 de maio de 2008

A Mulher e o Protestantismo



Na semana do feriado católico de Corpus Christi decidimos dedicar alguns posts a assuntos relacionados à religião. Como a mulher é tratada e vista pelas diferentes religiões existentes? Então, aí vai um pouquinho da história da mulher nas religiões protestantes.

Durante toda a Antiguidade, a mulher era vista de forma absolutamente negativ
a e como ser inferior diante do homem. Até mesmo na Grécia, a tão propalada "democracia", excluía, dentre outros, às mulheres.
Entre o povo de Israel, a situação não era diferente. Organizado de forma patriarcal, o povo hebreu excluía a mulher tanto do exercício do governo civil, como de maior participação na esfera religiosa. Seu acesso ao templo limitava-se ao conhecido átrio das mulheres.
O único líder da antiguidade que concedeu dignidade e voz as mulheres, foi, sem dúvida alguma, Jesus Cristo. A situação da mulher no contexto cultural palestino era de completa submissão ao homem. Podemos, no entanto, notar uma diferenciação no tratamento de Jesus Cristo com as mulheres, por meio da leitura da Bíblia. Cristo falava publicamente com mulheres e possuía inúmeras discípulas.
No início do movimento protestante do século XVI, a situação da mulher foi se alterando, mesmo que timidamente. Na Reforma Luterana, Martinho Lutero aconselhou, pela primeira vez, aos príncipes alemães, a educação formal de meninas em escolas públicas.
Já João Calvino trocou correspondência com várias mulheres com as quais debateu, inclusive, pontos teológicos. Calvino escreveu em seu livro, em 1541, que ia "chegar a hora em que seria melhor que a mulher falasse do que se calasse". Esta postura acabou influenciando inúmeras mulheres a desempenharem uma função prática de pastoras, mesmo que não fossem ordenadas para tal.
Com o passar do tempo, principalmente dentro do cristianismo protestante, a mulher tem, mesmo que com dificuldade, conquistado seu espaço. No Brasil, várias instituições protestantes e comunidades pentecostais ordenam mulheres para serem pastoras.

"Não há judeu nem grego, não há escravo nem livre, não há homem nem mulher, pois todos sois um em Cristo Jesus" (Gl 3.28).

Fonte: André Tadeu de Oliveira, jornalista e estudante de teologia


por Thais Schoereder

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