quinta-feira, 15 de maio de 2008

Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes




Esta semana (que começa numa quinta-feira junto com o retorno dos ônibus) será dedicada ao Dia de Combate à Exploração Sexual Infanto-juvenil. O assunto torna-se ainda mais relevante “em Vênus” porque as meninAS são as principais vítima da violência sexual.
Quase 90% das crianças que sofreram algum tipo de abuso sexual são meninas, sendo 50% com idades entre 10 e 14 anos e 35% de quatro a oito anos (os dados são do programa Sentinela de Vitória).
Nesse domingo, 18 de maio, é o “Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes”. A data foi escolhida porque nesse mesmo dia, no ano de 1973, um crime bárbaro aconteceu em Vitória e chocou todo o país. Araceli Cabrera Sanches, uma menina de oito anos, foi drogada, espancada, estuprada e assassinada por jovens viciados da alta sociedade capixaba. Até hoje, os culpados pelo crime não foram punidos.

Acredita-se que Araceli saiu da escola mais cedo a pedido da mãe, que mandara a menina entregar um envelope a um grupo de rapazes. Dentro, havia drogas. E ao chegar ao edifício Apolo, onde eles estariam já drogados, a menina foi violentada.
O corpo da menina Aracelli foi encontrado 6 dias depois atrás do Hospital Infantil de Vitória. Tinha os mamilos e a vagina lacerados a dentadas. Depois de ter sido estuprada, jogaram ácido sobre ela. O corpo estava corroído e desfigurado.
Ao contrário do que se esperava, a família da menina silenciou diante do crime. Sua mãe foi acusada de fornecer a droga para pessoas influentes da região, inclusive para os próprios assassinos.
Os suspeitos do crime eram pessoas ligadas a duas famílias ricas do Espírito Santo. Os nomes dos envolvidos do caso eram Paulo Helal, chamado de Paulinho, e Dante Michelini conhecido como Dantinho. Apesar de principais suspeitos e algumas testemunhas contra eles jamais foram sentenciados pela morte da Aracelli
O caso ficou célebre três anos depois, com a publicação do livro “Araceli, meu amor”, do jornalista José Louzeiro.

O crime já prescreveu. Mas o “Caso Araceli” é uma ferida que nunca cicatrizou completamente. Mexer com o assunto em Vitória ainda desperta medo e revolta
Resta-nos aguardar pelo que será noticiado nesses dias pelo jornalismo capixaba. Será que abordagem será rasa a ponto do “Caso Araceli” ser esquecido pelas pautas???

3 comentários:

Amora disse...

Vim ver a tal história. Esse Dante Michelini é o da avenida?

Aline Dias disse...

comentando ainda sem ler pra depois comentar tendo lido.
Na primeira frase eu tinha certeza que otexto era da fabi. A� eu fi ver de quem era... Batata!

Agora me d� licen�a que eu vou ler.

Aline Dias disse...

Fabi,
duas coisas
1 - d� orgulho ser da sua sala.
2 - doeu ler o texto.